Tem interesse em começar a investir no mercado financeiro ou quer movimentar sua vida financeira, mas não sabe por onde começar? Existem diversos produtos financeiros indicados para quem quer começar ou para quem já tem certa experiência.
Com a internet e a consolidação de startups como as fintechs, o portfólio de serviços financeiros ficou mais amplo e diversificado. Além disso, a transformação digital contribui para torná-los mais acessíveis e democráticos. Em muitas instituições, é possível fazer comparativos, pesquisar e contratar produtos diretamente de um aplicativo, por exemplo.
Nesse sentido, conhecer os produtos disponíveis no mercado em mais detalhes e entender como eles funcionam é o primeiro passo. O conhecimento é fundamental para se tornar um investidor de sucesso. Confira, a seguir, quais são os principais produtos comercializados no Brasil!
O que são produtos financeiros?
Produtos financeiros são qualquer tipo de produto comercializado com o objetivo de captar e aplicar recursos. Isso pode ser feito por meio da concessão de crédito, pela aquisição ou venda de um recurso, por exemplo. Porém, os produtos financeiros não estão relacionados apenas com a comercialização de opções de investimentos.
10 principais tipos de produtos financeiros
Os produtos financeiros são divididos em ativos e passivos. Os ativos podem ser recursos direcionados ou livres para financiar vendas, capital de giro, contingência, operações de trade finance, operações de longo prazo e repasses.
Já os produtos financeiros passivos são aqueles que controlam a liquidez da economia, com potencial de se tornarem dinheiro em curto ou curtíssimo prazo.
Os emissores dos produtos financeiros passivos podem ser organizações públicas ou privadas, com objetivo de captação bancária. Veja quais são os ativos e passivos.
1. Certificado de Depósito Bancário (CDB)
CDB é um produto financeiro emitido por bancos de investimento, bancos comerciais ou bancos múltiplos. O título promove a captação de recursos de quem tem interesse em investir, seja pessoa física, seja pessoa jurídica. Ao comprar esses títulos, é como se o investidor emprestasse dinheiro para a instituição financeira e recebesse em troca os rendimentos dos juros.
Ele é considerado um investimento de baixo risco. Por isso, rende menos que fundos de investimentos. No entanto, seu retorno é maior do que o da poupança. Logo, é uma opção interessante para quem deseja investir, mas não quer se comprometer muito.
2. Debêntures
As debêntures são títulos de crédito emitidos pelas empresas, com objetivo de levantar um volume alto de dinheiro de investidores que apresentam rendimentos a longo prazo. Esses títulos são emitidos sem garantia, mas são feitos por grandes empresas, gerando maior confiança nos investidores.
3. Desconto de duplicatas
No desconto de duplicatas, o título de crédito é emitido por uma empresa e pode ser descontado pelos bancos, devido à relação comercial e de crédito mantida entre eles. Assim, nessa categoria, o investidor consegue antecipar os valores de uma venda a prazo, mas precisa pagar uma taxa de desconto linear e adiantada.
4. Vendor
Vendor é um tipo de empréstimo com prazo determinado, baseado em uma operação comercial. Para concedê-lo, o banco exige algumas garantias, além de aplicar taxas pré-fixadas ou pós-fixadas. Além disso, o banco exige nota promissória, que pode ser complementada por duplicatas, alienação fiduciária do bem, penhor etc.
Para as empresas, o Vendor ajuda a aumentar sua vantagem competitiva. O banco financia, mas os impostos são menores. Em geral, é um produto usado para programas de financiamento e vendas de grandes empresas.
5. Cartão de crédito
O cartão de crédito é um dos produtos mais populares e acessíveis no mercado. Oferecido por bancos ou empresas parceiras, esse produto permite a compra com prazo e pagamento facilitado. É aceito em diferentes tipos de estabelecimentos e pode ser usado por pessoas físicas e jurídicas.
Um de seus atrativos é oferecer ao usuário poder de compra, sem que ele tenha dinheiro de forma imediata para concluir a transação. Assim, a pessoa ganha tempo para quitar suas dívidas até a data do vencimento da fatura.
A vantagem, no entanto, pode ser uma armadilha se não existir organização financeira. Isso porque as taxas de juros cobradas são as mais altas do mercado.
6. Conta digital
Um produto democrático e simplificado, viabilizado pela transformação digital na área das finanças, é a conta digital. Ela representa um avanço para o mercado e na vida de muitas pessoas, atendendo a um amplo público “desbancarizado”.
Graças à tecnologia e a processos que driblam burocracias comuns de instituições financeiras, é possível abrir uma conta por meio de aplicativos e sites. As exigências para abrir a conta são reduzidas e o cliente não precisa comparecer a uma agência ou apresentar um comprovante de renda. Isso amplia, e muito, a acessibilidade desse produto.
Com a conta, o usuário consegue realizar transações, contratar outros produtos financeiros e movimentar seus recursos com poucos cliques.
7. Cheque especial
O cheque especial é um produto financeiro geralmente incluso em contas bancárias por um valor que depende do perfil do cliente. Trata-se de um crédito automático disponível para o usuário, que pode usá-lo na necessidade de realizar um pagamento, saque ou transferência quando não estiver com saldo.
A partir do momento em que o cliente faz um saque superior ao que está disponível em conta, ele começa a usar o cheque especial. Portanto, ao usar o serviço, são cobrados juros.
O cheque especial deve ser usado com cuidado e em caráter urgente, visto que seus juros são altos. Alguns bancos oferecem vantagens como a possibilidade de usá-lo por alguns dias sem juros, o que pode ser benefício para algumas estratégias de curto prazo.
8. Poupança
A poupança é um serviço de investimento tradicional, oferecido por grande parte das instituições financeiras. Na maioria dos bancos, a conta poupança é disponibilizada de forma atrelada à conta corrente. O usuário pode usá-la para guardar dinheiro, sem pagar nada extra pelo serviço. Afinal, a poupança é isenta de impostos e taxas da instituição.
A poupança é um tipo de investimento seguro. Em contrapartida, seu rendimento mensal é o mais baixo em comparação a outros tipos de aplicação.
9. Fundos de investimento
Um fundo de investimento nada mais é do que um modelo de aplicação financeira de modo coletivo. Ele agrega recursos de diferentes investidores e é administrado por um gestor profissional, responsável por tomar decisões de investimento em nome do grupo.
Diferentemente da poupança e do CDB, os fundos de investimento representam formas de investir com maior potencial de ganho, porém com um nível de risco elevado.
Apesar de apresentar um pouco mais de complexidade do que a poupança, investir em um fundo não é uma tarefa impossível. Você não precisa ter um montante significativo de dinheiro para fazê-lo. Com uma pequena quantia, é possível participar.
10. Títulos públicos
Os títulos públicos são emitidos pelo governo para captar recursos e conseguir refinanciar a dívida pública. Tratam-se de ativos de renda fixa. Com seus rendimentos, o governo reinveste em ações para saúde, educação, infraestrutura e outras áreas.
Esses ativos são emitidos pelo Tesouro Nacional em forma de títulos como Notas do Tesouro Nacional (NTN) e Letras do Tesouro Nacional (LTN). Nesses formatos, eles são negociados no mercado financeiro.
Os títulos públicos são assegurados pelo governo federal e têm alta liquidez. Suas taxas de operação também costumam ser mais baixas do que as cobradas por fundos de investimento.
Com essa diversidade de produtos financeiros disponíveis em diferentes instituições, a tecnologia facilitou a contratação de muitos deles. Com o processo tornando-se mais rápido e prático, a elaboração de uma estratégia mais acertada é simplificada. Assim, amplia o leque de possibilidades para os clientes, inclusive para investimentos internacionais.
Quer saber mais sobre os produtos financeiros? Acompanhe o blog da Remessa Online e saiba mais sobre o assunto.
Resumindo
Produtos financeiros são serviços oferecidos e comercializados com o intuito de possibilitar a movimentação de recursos financeiros de pessoas físicas e empresas. Eles são distribuídos em diferentes formatos, sendo investimento, captação de recursos ou concessão de crédito.
Existe uma diversidade de produtos financeiros. Há serviços voltados para o investimento, como poupança, CDB, debêntures, fundos de investimento e títulos públicos, que apresentam diferentes potenciais de rendimento e risco. Existem também produtos de concessão de crédito, como cheque especial, vendor e cartão de crédito.
Produtos financeiros são oferecidos para diversos fins. Como eles serão usados vai depender da estratégia e dos objetivos do usuário ou da empresa. Em geral, eles são contratados para captar recursos, gerar renda, ter capital de giro, aumentar o patrimônio, ajudar um negócio a ganhar fôlego, entre outros.