Visão Geral
O dólar comercial fechou a segunda-feira (07) com variação de +1%, valendo R$5,1115, após ter começado o dia cotado a R$5,0622. O Euro fechou o pregão com variação de -0,2%, a R$5,5470, após ter iniciado o dia em R$5,5578.
A moeda americana iniciou esta terça-feira (08) cotada a R$5,0874, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,5278.
Agenda de hoje
Exterior
04h00 – Alemanha – Produção industrial (jan)
07h00 – Zona do Euro – PIB final (4ºQ)
10h30 – EUA – Balança comercial (jan)
20h50 – Japão – PIB final (4ºQ)
22h30 – China – Índice de preços ao consumidor (fev)
22h30 – China – Índice de preços ao produtor (fev)
Brasil
08h00 – Índice de preços ao consumidor FGV (semanal)
08h00 – IGP-DI (fev)
10h00 – Produção e venda de veículos (fev)
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
Depois de ter fechado o ano acima da meta, a inflação prometia dar uma trégua em 2022. Como os preços dos alimentos e dos combustíveis subiram muito no ano passado, a expectativa era de certa acomodação nos preços este ano.
O problema é que no meio da desaceleração da inflação tinha um conflito armado que produziu os maiores preços do petróleo nos últimos 13 anos e colocou o trigo na maior cotação da história.
O setor supermercadista brasileiro já informou que fornecedores de trigo já fizeram reajuste de 15% na última semana e novos aumentos dessa magnitude são esperados para os próximos dias.
O aumento nos preços dos alimentos e a possibilidade de aumento dos preços dos combustíveis devem pressionar a inflação também no segundo trimestre deste ano.
Apesar do cessar-fogo temporário nos corredores humanitários na Ucrânia, o preço do barril de petróleo continua elevado com o risco dos Estados Unidos seguirem com as sanções sobre o setor de petróleo russo.
Os desdobramentos geopolíticos devem continuar pressionando a inflação e diminuindo a atratividade dos títulos públicos brasileiros e isso ajuda a reverter a tendência de baixa do dólar em relação ao real.
Real x Euro
Dados da Destatis, órgão oficial de estatísticas da Alemanha, mostraram que a produção industrial subiu 2,7% em janeiro. Em dezembro do ano passado, a variação mensal havia sido de 1,1% e a expectativa em relação ao primeiro mês deste ano era de um crescimento meramente marginal, de 0,5%.
Apesar do número positivo, o mercado certamente encara essa variação com algum ceticismo, afinal de contas, em janeiro, o mundo ainda não atravessava pelos percalços produzidos pela guerra na Ucrânia.
Os problemas advindos dos conflitos do leste europeu atingem também outras commodities como o Níquel. A bolsa de Londres interrompeu as negociações do metal depois que o preço atingiu um patamar sete vezes mais elevado que o registrado antes da pandemia.
A tendência diária é de desvalorização da moeda brasileira.
Seguimos de olho.