O Euro abriu o pregão de segunda-feira (14/mar) cotado a R$5,5039. Na abertura desta sexta-feira (18/mar), a cotação foi de R$5,5909. Portanto, uma depreciação semanal do Real frente à moeda europeia de aproximadamente 1,58%, revertendo a tendência de apreciação vista na última semana, mas de maneira mais intensa.
Com relação ao dólar, a moeda europeia ganhou força esta semana, dando continuidade ao movimento visto na semana anterior. A cotação do Euro na moeda estadunidense passou de US$1,0889 na segunda (14) para US$1,1091 na sexta (18), portanto, uma depreciação do dólar de aproximadamente 1,86%.
Acompanhando o movimento no resto do mundo a taxa de inflação da Zona do Euro acelerou para patamares bastante elevados em comparação com a meta estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE). A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) foi de 5,9% nos doze meses até fevereiro, superando o recorde anterior de 5,1% verificado em janeiro.
Os preços na Zona do Euro também estão sendo impactados diretamente pelo conflito entre Ucrânia e Rússia. Para se ter uma ideia, quando analisamos o núcleo da inflação, ou seja, a inflação sem os maiores grupos de preços como alimentos e energia, os preços no bloco tiveram alta de 2,7% nos 12 meses até fevereiro Já em comparação com janeiro, o núcleo do índice avançou 0,5%.
Com esse cenário, a presidente do BCE, Christine Lagarde, mudou um pouco mais o tom que vinha assumindo até então. Em discurso durante conferência em Frankfurt, na Alemanha, Lagarde declarou que o prolongamento da guerra na Ucrânia representa um risco significativo ao crescimento econômico do bloco e, por isso, medidas de estímulo ou combate à inflação podem ser cabíveis.
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