Veja como trabalhar na Itália, qual a documentação necessária para essa mudança profissional e as perspectivas de morar no país!
Cada vez mais há brasileiros pesquisando sobre como sair do país e encontrar oportunidades profissionais em outros locais. Uma boa parcela dessas pessoas se interessa principalmente em viver e trabalhar na Itália.
Afinal, além de impulsionar a carreira e torná-la internacional, há a chance de morar em uma das nações mais conhecidas e estáveis da Europa. Berço do que nós conhecemos hoje como Ocidente.
Por essa razão, trouxemos um compilado de informações essenciais que você precisa saber sobre esse destino. Assim, você pode se planejar melhor para dar esse importante passo na vida pessoal e profissional. Acompanhe e saiba mais!
Por que a Itália é um país de primeiro mundo?
Porque o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país é de 0,892, segundo o último levantamento de 2020 do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas. Isso coloca a Itália no top 30 nações com maiores IDH. Atualmente, ela está em 29º lugar. Fazendo uma comparação breve, o Brasil se encontra em 84º lugar do ranking, com 0,765. Uma diferença bastante significativa.
Mas o que significa o IDH? É um índice comparativo usado pela ONU para identificar o nível de vários aspectos socioeconômicos dos países. É o caso da qualidade de vida, da educação, da longevidade da população, da situação econômica e da renda disponível por cidadão.
Sendo assim, estar bem posicionado nesse ranking é, sem dúvidas, um ótimo indicativo de desenvolvimento social. Algo alcançado principalmente pelas nações de primeiro mundo. Mas não acaba aí. Há outra pesquisa que reforça o quanto viver na Itália é positivo. Como o estudo Global Peace Index de 2022 que avalia o impacto da violência nos países.
O ranking gerado por ele aponta que a Itália é o 32º território mais pacífico do planeta. Já o Brasil, por outro lado, aparece na 130º posição, sendo avaliado como um local com baixo nível de segurança. Ou seja, um contraste marcante e que afeta diretamente a qualidade de vida dos brasileiros.
Qual é o custo de vida no país?
Para responder a essa pergunta, trazemos o informe do portal LivingCost sobre o custo de vida ao redor do mundo. Segundo ele, a média de gastos mensais na Itália é de € 1.240.
Embora possa parecer alto à primeira vista, saiba que o país não é o mais caro para se viver na Europa. Na verdade, ele sai mais em conta quando comparado a outras 14 nações do velho continente, entre elas: Holanda, Suíça, Mônaco, Irlanda, Luxemburgo e Alemanha.
O portal também traz um levantamento sobre os custos de vida detalhados por cidade. Uma delas é Roma, a capital do país. Justamente por isso, trouxemos os dados aqui para você ter um panorama sobre a região.
Como ele aponta, para arcar com aluguel, alimentação, transporte, contas domésticas e despesas pessoais no município, você precisa de € 1.524. Ou seja, como acontece em muitos países, a capital tem um custo de vida mais elevado do que a média nacional.
Qual o salário mínimo da Itália?
Existe uma informação importante que você deve saber ao planejar trabalhar na Itália. Trata-se do fato de que o país não tem um salário-base. Um rendimento médio válido nacionalmente e que independe da profissão do sujeito. Algo que é instituído legalmente no Brasil e, inclusive, em outros países europeus (como França, Portugal e Espanha).
O que há nessa nação é o valor mínimo por hora laboral conforme previsto em acordo entre empresa e colaborador. Algo que, é claro, deve ser ratificado pelo sindicato da categoria da qual o trabalhador faz parte.
Contudo, há alguns ramos profissionais específicos que têm o salário por hora pré-estabelecido e reconhecido em toda a Itália pelo Contratto Collettivo Nazionale di Lavoro (CCNL). Acordo que, vale pontuar aqui, é regido e fiscalizado pelo Conselho Nacional de Economia e Trabalho.
No portal oficial da associação representante da CCNL são apresentadas todas as 22 áreas cobertas por ela. Abaixo, você confere quais são algumas delas:
- turismo;
- transporte;
- higiene ambiental;
- indústria da moda;
- lavanderia e tinturaria;
- transporte;
- rádio e tv;
- restauração e projeção;
- pesca e empreendedorismo pesqueiro;
- limpeza e serviços.
Quais são as vantagens de trabalhar na Itália?
As principais vantagens estão associadas justamente à qualidade de vida que você terá. Isso porque você vai morar em um dos países que é referência quando o assunto é história, turismo, culinária, moda, cinema e arquitetura.
Além disso, é preciso lembrar que a Itália faz parte da União Europeia. Logo, ao se tornar residente no país, você tem direito à livre circulação entre as nações que integram esse bloco.
Com isso, e dado o posicionamento estratégico da nação no continente europeu, você poderá viajar facilmente para outras localidades. O melhor de tudo é que o custo-benefício dessas viagens é marcante, já que não faltam companhias áreas e de trem do tipo low cost operando em território italiano.
Muitas das aéreas, inclusive, fazem conexão com o Reino Unido e países do continente africano. Ou seja, ao morar e trabalhar na Itália você se torna um cidadão do mundo.
De que formas é possível trabalhar na Itália?
Há três alternativas para quem deseja trabalhar na Itália. A primeira é com um contrato com uma empresa em que você assume um cargo e desempenha atividades pré-definidas.
Essa costuma ser a forma mais fácil por ser o meio convencional para acessar o mercado de trabalho italiano. No entanto, será preciso pleitear um emprego via processos seletivos digitais, por indicação ou então envio de currículo para o RH da organização italiana.
A segunda maneira é abrir uma empresa na Itália. Nesse caso, você deve ter um montante financeiro disponível para imigrar e investir na abertura de um negócio local. A quantia e as condições para essa empreitada são acertadas ainda no Brasil, por meio dos consulados e vice-consulados. Veja onde eles estão disponíveis:
Consulados:
- São Paulo, São Paulo;
- Porto Alegre, Rio Grande do Sul;
- Rio de Janeiro, Rio de Janeiro;
- Recife, Pernambuco;
- Curitiba, Paraná;
- Belo Horizonte, Minas Gerais;
- Salvador, Bahia.
Vice-consulados:
- Manaus, Amazônia;
- Fortaleza, Ceará;
- Vitória, Espírito Santo;
- Goiânia, Goiás;
- Cuiabá, Mato Grosso;
- Campo Grande, Mato Grosso do Sul;
- Belém, Pará;
- Londrina, Paraná;
- Paranaguá, Paraná;
- Caxias do Sul, Rio Grande do Sul;
- Rio Grande, Rio Grande do Sul;
- Florianópolis, Santa Catarina;
- Campinas, São Paulo;
- Jundiaí, São Paulo;
- Ribeirão Pretos, São Paulo;
- Santo Andrés, São Paulo;
- Santos, São Paulo.
Por último, há o trabalho autônomo (que inclui as atividades freelancer e liberal). Nesse caso, você não mantém um vínculo empregatício com uma instituição italiana, já que pode prestar serviços para várias companhias ao redor do mundo.
Essa é uma opção para quem busca uma rotina mais flexível e com atuação remota. Ótimo para poder viajar ou residir em diferentes cidades italianas.
Como funciona o visto para trabalhar na Itália e como tirá-lo?
Embora não seja preciso visto para os brasileiros conhecerem o país, para morar e trabalhar na Itália será necessário. Afinal, é preciso que a sua estadia seja devidamente autorizada e regularizada. Para isso, você deve se dirigir ao consulado ou vice-consulado mais próximo do seu endereço e solicitar o formulário para pedido de visto.
Além dos dados pessoais, você deve indicar em qual categoria se encaixa. Isto é, se vai ao país para trabalho com vínculo empregatício, para ter trabalho autônomo ou como “outros” (para quem pretende empreender).
Para garantir que o formulário conte com todas as informações corretas, atualizadas e precisas, é indispensável o suporte do consulado/vice-consulado. Isso porque também serão requisitados documentos complementares para comprovar o motivo da sua viagem.
Caso queira, você pode contar com escritórios de advocacia especializados em assuntos de imigração italiana. Esse é um serviço que tem se popularizado nos últimos anos, principalmente por conta de quem busca adquirir imóveis, abrir negócios ou obter a cidadania em outro país. Afinal, esses processos tendem a ser burocráticos.
Após a solicitação do visto, é preciso aguardar o prazo de resposta do órgão. Geralmente, o consulado leva até 30 dias para dar um retorno oficial. No caso do vice-consulado, que repassa as solicitações para o primeiro, é possível que o prazo seja levemente estendido.
Quais são as melhores regiões para morar e trabalhar na Itália?
As melhores regiões para morar e trabalhar vão depender da atividade que você quer exercer e das conveniências que você busca para o seu padrão de vida. Por exemplo, cidades como Roma, Milão e Florença terão um mercado mais diverso em oportunidades. Além disso, são grandes centros urbanos não só do país, mas da Europa.
Por outro lado, você tem a possibilidade de viver e atuar profissionalmente em regiões menores, como Verona, Pisa e Nápoles. Locais com forte presença de alguns segmentos do mercado (como o turismo e a gastronomia).
Além disso, são municípios mais interioranos, o que significa menos população e mais contato com a natureza. Portanto, vale a pena colocar na balança todas as possibilidades.
Quais são as principais profissões exercidas na Itália?
As áreas cobertas pela CCNL, das quais já falamos, são algumas das categorias profissionais de maior expressão na Itália. Ou seja, o mercado de trabalho italiano tem bastante similaridades com o brasileiro.
Afinal, a economia e a geopolítica ocidentais são compartilhadas por ambas as nações. Além disso, há outras afinidades entre os dois países no campo cultural, gastronômico, político, social, religioso, esportivo etc.
Vale mencionar ainda que as categorias profissionais que demandam formação de nível superior também movimentam o mercado local. Entre as principais áreas podemos apontar a de medicina, a de direito, a de engenharia civil e a de arquitetura e urbanismo. Isto é, as oportunidades são muitas e vão depender principalmente do nível do seu currículo.
É possível trabalhar na Itália com um visto de estudante?
Não é raro as pessoas se mudarem para a Itália com um visto de estudante para fazerem uma graduação ou pós-graduação (mestrado ou doutorado), por exemplo. Porém, como a entrada no país fica condicionada aos estudos, muita gente se questiona se é possível arranjar alguma ocupação ao longo da estadia. A resposta é sim. O visto de estudante permite esse arranjo.
Porém, é preciso ficar atento, pois você não está liberado de imediato para trabalhar. Isso porque uma vez no território italiano, você deve acertar um estágio, cargo de trainee ou emprego disponibilizado por algum empregador, ou empresa local.
A partir daí, você precisa recorrer ao departamento de imigração para obter uma autorização para atividades laborais. Somente após isso será possível atuar legalmente. Lembrando que, na maioria das vezes, o cargo costuma ser de meio período justamente para não atrapalhar a sua formação.
Como enviar e receber dinheiro da Itália?
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Como você leu, trabalhar na Itália é uma ótima decisão para quem busca uma carreira internacional. Afinal, além do país contar com ótimas oportunidades de emprego, você ainda tem a possibilidade de explorar o mercado de toda a União Europeia.
Para completar, ser residente italiano também significa poder desfrutar da qualidade de vida local. Portanto, vale a pena se informar mais a fundo sobre o processo de imigração e amadurecer a ideia de mudar de continente. Sem dúvidas, há muito a ganhar!
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Resumindo
A média mensal por pessoa é de € 1.240.
Não há salário mínimo na Itália da forma como temos no Brasil. O que existe é o pagamento por hora trabalhada, sendo que cada categoria estabelece um custo específico com as empresas.
Há dois tipos específicos de visto de trabalho: o autônomo e o com vínculo empregatício.
Sim. Isso porque ela figura no top 40 tanto dos países com maior IDH quanto no dos países mais seguros do planeta.