Começamos a semana com o dólar cotado a R$4,900 na segunda-feira (14/ago), um nível 0,7% maior que a abertura da semana anterior (07/ago). A cotação da moeda estrangeira registrou aumento ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (18/ago) cotado a R$4,9895, patamar 1,9% maior que a abertura da sexta-feira anterior (11/jul). Entre as aberturas desta sexta (18) e da segunda-feira da semana anterior (07), vimos uma desvalorização do real em relação ao dólar de 2,5%.
Apesar de alguns sinais de desaceleração da atividade econômica, que poderiam, ao menos em teoria, atestar o tão esperado movimento de desaceleração da economia americana, o mercado continua achando que o ritmo dos negócios continua elevado.
Essa percepção ganhou corpo depois que foram divulgados os resultados do comércio varejista e produção industrial norte-americana, ambos referentes ao mês de julho. Os dois números sugerem que a maior economia do mundo continua com uma dinâmica muito mais forte do que o desejado pelo banco central local e isso pode exigir do Fed mais medidas de aperto monetário na reunião de setembro.
Se o Fed vai ou não aumentar os juros na próxima reunião de política monetária, em setembro, não sabemos, mas as taxas de longo prazo atingiram recentemente o ponto mais alto em cerca de 15 anos, refletindo os riscos inflacionários e o desequilíbrio fiscal que assombra a economia americana.
No Brasil, o ambiente político também não foi muito colaborativo. Um pequeno mal entendido entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, acabou atrasando em alguns dias a votação do novo arcabouço fiscal.
Confira no De Olho no Câmbio #238 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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