The recession is coming para a Zona do Euro. Apesar da narrativa bem menos interessante do que Game of Thrones, os europeus não tem conseguido encontrar um caminho que os afaste de uma recessão.
A indústria alemã, a maior economia do bloco, segue registrando péssimos resultados mês após mês. O último dado divulgado registrou queda de 2,7% nas encomendas à indústria em julho ante o mês anterior. Analistas previam baixa menos acentuada, de 1,5%.
Ainda há esperança para o bloco. A indicada para assumir o Banco Central Europeu, Christine Lagarde, presidente do FMI, vislumbra uma política monetária estimulativa que pode retoma o crescimento da região.
Em meio a dados ruins, há elementos que podem mesmo trazer esperança. O resultado preliminar do PIB da Zona do Euro do 2º trimestre veio em linha com as expectativas do mercado. O crescimento acumulado no ano é de 1,2%. Não trouxe surpresas, nem boas, nem ruins.
Nesse contexto, o Euro abriu a semana cotado a R$ 4,5564, mas perdeu alguma força frente ao Real, chegando a ser cotado a R$ 4,4909 nas primeiras horas do pregão de sexta-feira (6). Na abertura do pregão, o Euro era cotado a R$ 4,4971, uma variação semanal de aproximadamente -1,3%. Em relação ao Dólar americano, o Euro perdeu 0,4% do valor era semana.
Veja também o cenário para o dólar e a libra esterlina.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.