Ata do Copom aponta para “desancoragem” das expectativas de inflação

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (18) com variação de -0,9%, valendo R$4,8967, após ter começado o dia cotado a R$4,9414. O Euro fechou o pregão com variação de -0,7%, a R$5,3482, após ter iniciado o dia em R$5,3839.

O dólar iniciou esta terça-feira (19) cotado a R$4,9036 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,3614. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

07h00 – Zona do Euro – Índice de Preço ao Consumidor (nov) – final

15h00 – Colômbia – Decisão de política monetária

18h00 – Chile – Decisão de política monetária

22h15 – China – Decisão de Taxa de Empréstimos BPC

Brasil

05h00 –  IPC FIPE (semanal)

08h30 – Ata do COPOM

10h00 – Sondagem da Indústria da Construção CNI (dez)

10h15 – Monitor do PIB (out)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Esta terça-feira (19) começa com a divulgação de novos dados semanais de inflação. Contrariando o IPC-S da FGV, que mostrou desaceleração em sua última leitura, o IPC FIPE apontou para uma variação de 0,48%, após os 0,41% observados no período anterior.

Destacando-se no dia, porém, está a Ata do Copom, divulgada após a decisão de juros que reduziu a Selic em 0,50%. O documento do Banco Central reforçou a continuidade do ciclo de cortes no ritmo atual. 

Embora o cenário externo tenha sido considerado menos adverso, fatores do contexto brasileiro foram apontados como empecilhos para maiores quedas das taxas de juros.

Além do alerta acerca da política fiscal, o Bacen também pontuou as expectativas “desancoradas” de inflação de longo prazo, o que deve requerer uma atuação mais firme da autoridade monetária.

As projeções de que os cortes da Selic sigam na mesma intensidade devem favorecer a valorização do real ao longo do dia.

Real x Euro

Na Zona do Euro, o destaque do dia vai para a leitura final da inflação de novembro. Após a desaceleração do período anterior, o indicador apresentou um recuo de 0,6%, a maior queda desde 2020.

Embora a economia siga atravessando um forte processo de arrefecimento, os dados do índice de preços são vistos com bons olhos pelo mercado, uma vez que podem levar ao relaxamento da atual política monetária.

As comunicações do Banco Central Europeu, contudo, indicam que o início de um novo ciclo de cortes dos juros ainda não foi discutido.

Agora, os mercados devem esperar pela nova decisão de juros BPC. A despeito da deflação chinesa de 0,5% observada em novembro, as projeções do mercado apontam para uma manutenção da taxa em 3,45%.

Dessa forma, esperamos por uma valorização da divisa brasileira também em relação ao euro.

Seguimos de olho!

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