O universo dos investimentos envolve muitos termos que são mais ou menos difundidos. Para quem está começando a investir, alguns podem ser mais simples do que outros, mas é bem provável que o jovem investidor já tenha ouvido falar de ativos reais e ativos financeiros.
Você sabe o que esses termos significam e como eles impactam as suas decisões de investimento? Neste artigo, vamos explicar de forma simples o conceito de cada um e quais são as suas aplicações no mercado financeiro.
Dessa forma, você poderá investir com mais segurança. Continue a leitura a seguir e entenda tudo sobre ativos financeiros!
O que são os ativos financeiros?
Ativos financeiros são todos os títulos e contratos negociados no mercado de capitais e no mercado financeiro. Eles são adquiridos por meio de negociações de compra e venda, mas não existem de forma física, como um carro ou uma casa.
Os ativos financeiros são representados apenas por papéis e podem ser de natureza pública ou privada. Isso quer dizer que podem ser emitidos pelo Tesouro Nacional, por uma empresa ou instituição financeira. Esse termo é bastante conhecido no mercado de investimentos. Inclusive, é um dos conceitos básicos para quem pretende entrar na área.
Vale ressaltar que os ativos são considerados financeiros quando existem apenas como direito econômico. Além disso, seu valor é obtido através de um direito contratual.
A posse de ativos financeiros pode gerar rendimentos por meio de ativos reais ou tangíveis. Por exemplo, ações de uma empresa, que podem ser adquiridas por meio das bolsas de valores no mundo, são ativos financeiros. Isso porque o rendimento delas é gerado pelo lucro da empresa.
Qual a diferença entre ativos financeiros e ativos reais?
A diferença entre os ativos reside no seu retorno, seja com a devolução para o investidor, seja para a sociedade. Enquanto os ativos financeiros não oferecem retorno para sociedade, apenas para o investidor, os ativos reais retornam rentabilidade para a sociedade.
Os ativos reais são termos menos populares, mas que estão presentes na rotina de qualquer cidadão. Eles consistem em todos os bens e direitos inseridos na macro e na microeconomia. Ou seja, estão ligados à capacidade produtiva da comunidade e relacionados à sua riqueza material, bem como à quantidade de bens produzida por ela.
Na prática, quando você investe em ativos reais, está proporcionando um retorno importante para a sociedade. Afinal, todo o ecossistema é impactado por esse tipo de operação.
Quais são os ativos reais?
Os exemplos de ativos reais são:
- imóveis;
- equipamentos e maquinário;
- veículos;
- ativos judiciais (precatórios);
- ativos empresariais (recebíveis);
- moedas antigas;
- arte, vinhos e carros;
- empréstimo peer-to-peer;
- crowdfunding imobiliário.
Os ativos reais estão presentes em toda parte. Podemos usar como exemplo a construção de um empreendimento comercial.
Esse investimento pode proporcionar ganhos para o investidor, mas também terá impacto na sociedade. Isso porque vai gerar empregos, movimentar a economia na região e valorizar o mercado imobiliário.
Ou seja, o investidor terá lucro com a construção do empreendimento, mas também estará influenciando diretamente outros setores da economia.
Embora tenham alguns elementos que fazem parte de títulos de renda fixa com características em comum, os ativos reais não estão incluídos nessa modalidade. Além disso, eles não oferecem uma rentabilidade definida no momento de sua contratação, essa é uma característica básica dos títulos conservadores.
Quais as vantagens de investir em ativos financeiros?
Investir em ativos financeiros pode ser vantajoso pela variedade de opções de aplicação de capital. É possível alocar seu capital em diferentes produtos financeiros, que podem integrar a renda fixa e a renda variável. Ou seja, é possível adequar o investimento conforme o seu perfil de investidor, seja ele mais arriscado, seja mais conservador.
Outro ponto importante é que os ativos podem ser classificados em três tipos: ativos financeiros de geração de renda, reserva financeira e desenvolvimento e crescimento. De toda forma, você pode começar a comprar ativos financeiros com enfoque em títulos públicos ou privados.
Tudo vai depender do seu perfil de investidor e dos objetivos que pretende conquistar. Por exemplo, você pode criar uma reserva financeira para viver de renda a longo prazo ou conseguir impulsionar o crescimento do seu próprio negócio.
Quais são os exemplos de ativos financeiros?
Existem vários exemplos de ativos financeiros que podem ser divididos entre ativos de renda fixa e variável. Os títulos de renda fixa são conservadores, pois você já sabe quanto vai receber na data de vencimento. Já os de renda variável tendem a apresentar um nível de risco maior. Isso porque sofrem com a volatilidade do mercado, o que faz seus preços oscilarem com frequência.
Entenda melhor a seguir.
1. Tesouro Direto
O Tesouro Direto contempla títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. São os mais conservadores e podem pagar uma rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida. Essa é uma forma de arrecadação de capital para investimentos públicos por meio de seu rendimento, que vem com os juros pagos ao investir no Tesouro Direto.
2. Certificado de Depósito Bancário (CDB)
O CDB é um título privado, emitido por instituições financeiras particulares. Ele costuma ser utilizado para a captação de capital para a oferta de empréstimos e financiamentos.
3. Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA)
LCI e LCA são títulos privados emitidos por instituições financeiras. No entanto, o valor captado serve somente para o financiamento de atividades imobiliárias ou do agronegócio, conforme o produto financeiro escolhido;
3. Letra de Câmbio (LC)
Letra de Câmbio é um título privado emitido por instituições financeiras, mas representa uma ordem de pagamento. Ou seja, o banco emite a ordem para que o devedor faça o pagamento da dívida e o investidor se beneficie.
4. Debêntures
Debêntures são títulos privados emitidos por empresas. Eles representam uma dívida que a companhia tem, garantindo o direito de crédito ao investidor.
5. Ações
As ações representam a posse de ativos financeiros a partir da compra de parte do capital de uma empresa. Elas geram rendimentos tanto por dividendos e pagamento de juros sobre capital próprio quanto pela sua venda a outros investidores no próprio mercado. Vale a pena ressaltar que existem diferentes tipos de ações, como as ordinárias, as preferenciais e as units.
6. Exchange Traded Funds (ETFs)
Exchange Traded Funds são fundos de índice, ou seja, a rentabilidade deles depende de um indexador do mercado. No Brasil, geralmente é o Ibovespa. No exterior, dois bons exemplos são o S&P 500 e o Dow Jones.
7. Fundos de Investimento
Os Fundos de Investimento reúnem diferentes tipos de ativos. Portanto, não se enquadram em nenhuma dessas classificações. Ainda assim, exceto os fundos de renda fixa, o restante tende a pender para a renda variável. É o caso dos fundos imobiliários e dos ETFs.
Vale a pena reforçar que, ao investir no exterior, você também encontra títulos na categoria de renda fixa. Um exemplo é a renda fixa do mercado americano.
Nesse contexto, os principais títulos para investir no exterior são:
- bonds: são emitidos por empresas de capital aberto ou instituições governamentais. Ou seja, são semelhantes às debêntures e ao Tesouro Direto;
- Certificate of Deposit (CD): são parecidos com os bonds, mas sua emissão é feita por instituições financeiras. Por isso, podem ser comparados aos CDBs.
Quais são os 3 tipos de ativos financeiros?
Os 3 tipos de ativos financeiros diferenciam-se a partir de sua finalidade. Essa classificação é válida mesmo que você saiba como investir. Isso porque a definição básica indica que esses títulos são todos aqueles negociados no mercado financeiro ou de capitais.
No entanto, um ativo financeiro difere de um passivo. Esse segundo termo está relacionado ao que gera despesas. Enquanto o primeiro indica algo que pode gerar lucro, sem precisar trabalhar por isso.
Veja a seguir quais são as categorias dos 3 tipos de ativos financeiros.
1. Ativos que geram renda
São ativos que geram uma fonte de renda para o investidor. Os proventos podem ser pagos via juros ou dividendos. No entanto, o recebimento também pode ocorrer por meio de aluguéis.
2. Ativos de reserva de emergência
São aqueles que servem para situações de imprevisto. Portanto, são ativos com liquidez imediata e alta segurança. Afinal, podem ser resgatados a qualquer momento.
3. Ativos para crescimento de capital
São voltados para o aumento e a consolidação do patrimônio. Portanto, seu foco é o longo prazo. Por outro lado, são mais arriscados e têm mais volatilidade. Dessa forma, os preços sobem e descem com rapidez, exigindo um acompanhamento mais próximo.
Como investir em ativos financeiros?
Confira algumas dicas para começar a investir em ativos financeiros.
1. Entenda o mercado financeiro
Para investir nos ativos financeiros, é preciso conhecer as possibilidades e entender sobre o mercado financeiro para, então, definir uma boa estratégia de investimentos. Ela depende de descobrir qual é o perfil de investidor em que você se encaixa e dos seus objetivos financeiros.
2. Organize as finanças
A regra é começar o planejamento com a organização das finanças. Tenha em mãos uma lista dos seus recebimentos e das suas despesas. Assim, você conseguirá visualizar quanto do seu orçamento está comprometido com os passivos (despesas, dívidas e prestações).
3. Passe a juntar dinheiro
Começar a juntar dinheiro é um passo importante para quem está em busca de montar uma carteira de ativos financeiros. Portanto, reserve entre 10% e 30% dos seus ganhos mensais para dar início aos seus investimentos.
4. Construa uma reserva de emergência
A reserva de emergência deve ser o primeiro ativo financeiro da sua lista. Trata-se de um fundo em que você poderá recorrer em caso de imprevistos, como perda de emprego e renda. Somente após formar a reserva de emergência, você seguirá para os ativos de crescimento de capital e, depois, para os de geração de renda. Para cumprir essas etapas da maneira certa, você pode ler os 5 livros sobre o mercado financeiro que são imperdíveis.
5. Diversifique a sua carteira
É fundamental buscar uma diversificação da carteira. Ou seja, a ideia é investir em diferentes tipos de ativos para reduzir os riscos e aumentar o potencial de retorno. Portanto, é importante contar com produtos financeiros da renda fixa e da variável.
6. Faça investimentos no exterior
Você pode diversificar sua carteira de investimentos expondo o seu capital a outros mercados. Aqui, entra a possibilidade de investir no exterior. Essa é uma forma de aumentar sua rentabilidade e ainda proteger seu dinheiro simultaneamente. Ou seja, fazer hedge.
Ao investir nos EUA, por exemplo, você aplica seu capital em uma economia mais estável e com uma moeda historicamente mais valorizada que o real. Por isso, pode ganhar mais.
Afinal, será que vale a pena investir em ativos financeiros mesmo?
Por se tratar de um leque com opções de investimento abrangentes, é possível realizar a compra de ativos tanto em renda fixa quanto na renda variável. No entanto, é importante entender que cada ativo financeiro tem características diferentes, como a liquidez.
Esse termo representa a facilidade de converter um ativo em dinheiro. Alguns têm alta liquidez, enquanto em outros ela é mais limitada.
Quando baixa, a retirada do dinheiro aplicado em casos de urgências, normalmente, não é possível. Geralmente, isso acontece nos investimentos com prazo predeterminado. Ainda assim, existem exceções. Portanto, é importante entender o mercado financeiro e seus conceitos básicos.
Isso significa ir mais a fundo no universo dos investimentos e estudar com bastante cautela todas as opções para encontrar o melhor para o seu perfil e o seu objetivo de retorno.
Como vimos, os ativos financeiros são bens ou direitos de uma pessoa ou empresa. Eles podem ser convertidos em dinheiro, se existir um direito econômico obtido de direito contratual.
Na prática, podemos dizer que os ativos financeiros são o resultado da compra ou aplicação em determinado tipo de investimento. Eles podem ser de renda fixa ou renda variável.
Cada tipo de produto financeiro tem seus próprios riscos e vantagens. Por isso, é importante entender bastante o cenário e os prós e contras de cada opção para se tornar um investidor.
De modo geral, podemos dizer que ter uma variedade de ativos financeiros diferentes torna sua carteira mais diversificada. Isso pode ajudar tanto a minimizar os riscos como também a potencializar os resultados.
Quer entender mais sobre renda fixa, ativos reais, ativos financeiros e outros termos relacionados com o mercado de investimentos? Continue acompanhando o blog da Remessa Online.
Resumindo
Ativos financeiros são todos os títulos e contratos negociados no mercado de capitais e no mercado financeiro. Eles são adquiridos por meio de negociações de compra e venda, mas não existem de forma física, como um carro ou uma casa.
Os tipos de ativos financeiros são:
1. ativos que geram renda;
2. ativos de reserva de emergência;
3. ativos para crescimento de capital.
Os principais exemplos de ativos financeiros são Tesouro Direto, Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), Letra de Câmbio (LC), entre outros. Há também os de renda variável, como Ações, Fundos de Investimento e Exchange Traded Funds (ETFs).