Mais uma semana de quarentena
Essa semana, o mercado viu a maior queda do PIB norte americano desde a crise de 1929.
Segundo o Departamento do Comércio dos Estados Unidos, a economia recuou 4,8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior.
Na Zona do Euro, dados preliminares indicam queda de 3,8%, puxada pelas quedas das economias francesa (-5,8%), italiana (-4,7%), espanhola (-5,2%), entre outras.
Não que a queda dos indicadores representam surpresa ao mercado, mas os números foram mais agudos que os aguardados anteriormente.
A própria divulgação é uma espécie de endosso de que a situação é bastante crítica e deve demorar a voltar para a “normalidade”.
Além dos impactos mais óbvios, nós estamos estimando a todo momento as influências desses movimentos no mercado cambial.
Como a moeda brasileira reagirá às quedas das atividades nos países desenvolvidos? Essas influências são passageiras ou transitórias? O que podemos esperar disso tudo?
Acompanhe.
Além da expressiva queda do PIB norte americano divulgado nesta semana, os dados referentes a atividade econômica continuam surpreendendo pela magnitude.
Na manhã da quinta-feira (30), o Departamento do Trabalho divulgou o número de novos pedido de seguro-desemprego semanal.
As estimativas estavam em torno de 3,5 milhões de novos pedidos, mas o número apresentado foi 10% maior, 3,84 milhões.
Agora, nos últimos 42 dias ao menos 30 milhões de cidadãos dos Estados unidos perderam seus empregos.
Não podemos esquecer que como pano de fundo da pandemia nos Estados Unidos temos a corrida eleitoral para a presidência.
Essa profunda depressão econômica, associada às pressões – pré-existentes – de Trump pela diminuição da taxa de juros, forçará a economia estadunidense a afrouxar ainda mais as condições de política monetária.
Em outras palavras, é juro cada vez mais para baixo, para ver se daí decorrerá algum estímulo econômico.
E isso tem impactos para o Brasi.
O mercado, cabe destacar, animou-se com a possibilidade de abertura gradual da economia norte americana, mas o volume de novas mortes e contágios decorrentes do novo coronavírus continuam muito elevado.
Fica evidente que uma abertura prematura poderá desencadear uma segunda onda de contágio.
Neste cenário, não somente o semestre econômico estaria comprometido, mas desempenho da economia em 2020.
As notícias vindas da Europa também não são animadoras.
A despeito da diminuição relativa dos novos números de mortes e contágios, os indicadores econômicos endossam a delicada situação da economia europeia.
A França, segunda maior economia do bloco europeu, apresentou recuo de 5,8% no PIB do primeiro trimestre.
O impacto é relevante porque a economia francesa representou 11% dos € 1,78 trilhão exportados pela Zona do Euro em 2019 e 11% dos € 1,63 trilhão importados (extra bloco).
Além da queda mais relevante vinda da França, os dados negativos também envolvem as economias da Espanha, Itália, Bélgica, Áustria e as áreas que compreendem a Zona do Euro e a União Europeia, com quedas de 3,8% e 3,5% respectivamente.
Dos dados que foram divulgados no final de abril, apenas os dados italianos surpreenderam positivamente.
É importante lembrar, contudo, que se trata de um dado preliminar. Nesse sentido, ajustes ainda podem acontecer.
A maior economia da Zona do Euro, a Alemanha, ainda não divulgou os dados sobre o PIB local, mas no dia 30 de abril também foram divulgados indicadores do mercado de trabalho.
E os números da atividade econômica alemã apontam uma queda mais importante que o esperado.
Todo esse contexto é amparado por uma taxa de juro de 0% desde o ano de 2016.
Por isto, temos razões suficientes para esperar que o Banco Central Europeu (BCE) não deve mudar a orientação da política monetária nos próximos meses ou anos.
O grupo de países desenvolvidos passaram pela crise do Covid-19 antes que os países mais pobres pudessem fazê-lo.
Neste sentido, lamentavelmente ainda aguardamos o pior no que diz respeito à saúde pública, contas do governo e atividade econômica.
Os resultados mais imediatos da propagação do novo coronavírus forçará a autoridade monetária brasileira a jogar a taxa básica de juros a patamar ainda mais baixo que o atual.
Nos países mais ricos, a questionável potência da política monetária já está próxima do limite.
No Japão, a taxa básica de juros é nominalmente negativa em -0,1%.
Na Zona do Euro, a taxa é 0%.
Nos Estados Unidos, já se encontra no intervalo entre 0% e +0,25%.
Isso coloca justamente em xeque se a taxa de juros mais baixa serve mesmo de estímulo para a atividade econômica.
Com as taxas em níveis historicamente baixos restou aos países mais ricos a única alternativa – quando se trata de política monetária – de manter os juros baixos por período mais distendido.
O Brasil pode surfar a boa onda de liquidez global, aumentando a taxa Selic e atraindo capital externo para o país, no entanto, isso pode, até certo ponto, ir contra a nossa necessidade de estímulo econômico.
De modo geral, teremos que seguir a cartilha internacional e manter a taxa de juros baixa para padrões brasileiros.
Veremos.
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