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Câmbio nas alturas e pacote de gastos desidratado

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quarta-feira (18) com variação de 3,3%, valendo R$6,2896, após ter começado o dia cotado a R$6,0981. O euro fechou o pregão com variação de 1,7%, valendo R$6,5110  após ter iniciado o dia em R$6,4056.

O dólar iniciou esta quinta-feira (19) cotado a R$6,2901 e o euro abriu o dia cotado a R$6,5104. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

04h00 – Alemanha – Clima do Consumidor GfK (jan)

07h00 – Zona do Euro – Transações Correntes (jan)

09h00 – Reino Unido – Decisão da Taxa de Juros

10h30 – EUA – PIB dos EUA (Trimestral)

10h30 – EUA – Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia

12h00 – EUA – Vendas de Casas Usadas (nov)

22h15 – China – Taxa Preferencial de Empréstimo do BPC (1 ano e 5 anos)

Brasil

08h00 – Banco Central: Relatório Trimestral de Inflação

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Nesta quinta-feira, 19, o Banco Central brasileiro publica seu Relatório Trimestral de Inflação, documento fundamental para entender as expectativas de inflação e as projeções econômicas do país. Esse relatório oferece uma base para as decisões de política monetária, influenciando o comportamento dos investidores e o planejamento do governo.

No âmbito político, o destaque segue para a votação do projeto de ajuste fiscal do governo. A tendência é que haja aprovação de parte das medidas, todavia, o pacote deve ser bastante desidratado pelo Congresso Nacional, principalmente em pontos como corte de emendas parlamentares e supersalários. Com isso, talvez o potencial dos ajustes não alcance os R$70 bilhões previstos pela Fazenda. 

Nos Estados Unidos, foi divulgada a nova taxa de juros por parte do FOMC. Os juros caíram 0,25p.p e foram para a faixa de 4,25% e 4,50%.  Entretanto, o Comitê já sinalizou que o processo de corte de juros do ano que vem pode ser comprometido, projetando apenas dois cortes que devem acumular 0,5%. Esta sinalização também gerou valorização da moeda americana. 

Para hoje, será divulgado o PIB trimestral dos EUA, com o mercado projetando um crescimento anualizado de 2,8%. O Índice de Atividade Industrial do Fed da Filadélfia, após atingir -5,5 na leitura anterior, deve subir para 2,9, indicando recuperação na indústria. 

Os Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego têm expectativa de recuo para 230 mil, frente aos 242 mil registrados na semana passada, enquanto as Vendas de Casas Usadas em novembro devem apresentar alta de 4 milhões, segundo o consenso de mercado.

O mercado cambial iniciou o dia novamente sem direção definida. A persistente insegurança em relação à gestão fiscal do governo brasileiro continua a impactar o câmbio, que ontem registrou a máxima histórica de R$6,27, refletindo a desvalorização extrema do real frente ao dólar e as incertezas que pairam sobre o ambiente econômico.

Real x Euro

Nesta quinta-feira, 19, o panorama econômico global segue marcado por importantes divulgações e incertezas no mercado. Na Alemanha, o indicador de Clima do Consumidor GfK para janeiro permaneceu estável em -21,3, sem alterações em relação à leitura anterior. 

Já na Zona do Euro, o saldo das Transações Correntes de janeiro registrou um superávit de 25,8 bilhões de euros, aquém dos 33,5 bilhões projetados pelos analistas, sugerindo um desempenho econômico mais contido na região.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra anunciará sua decisão sobre a taxa de juros, com o mercado antecipando a manutenção da taxa em 4,75%, refletindo uma abordagem cautelosa diante das condições econômicas atuais. 

Ainda no cenário internacional, a China divulgará ao final do dia, com os mercados já fechados, sua Taxa Preferencial de Empréstimos para 1 e 5 anos. As expectativas apontam para a manutenção das taxas em 3,10% e 3,60%, respectivamente, reforçando a continuidade de estímulos para sustentar o crescimento econômico.

O mercado financeiro iniciou a jornada sem uma direção clara, influenciado por ruídos em torno da política fiscal brasileira, que têm contribuído para um movimento de saída de capitais e adicionam volatilidade às cotações cambiais. 

Seguimos de olho!

André Galhardo

Economista-chefe da Análise Econômica, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico.”

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