As condições da economia global estão dando indícios de que uma grande recessão deve acontecer em breve. A alta dos juros por parte dos bancos centrais dos países desenvolvidos em meio a atual conjuntura de atividade econômica fragilizada deve frear a atividade e contribuir para que essa recessão aconteça. Os países se veem encurralados: é isso ou correr o risco de conviver com uma inflação que já afeta enormemente o custo de vida das famílias. Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.
Perspectivas
O Real voltou a perder valor de maneira bastante expressiva nas últimas semanas e, já parece apontar para retomar o patamar do início do ano, graças à velocidade com que está desvalorizando pregão após pregão. Lembramos que no dia 27 de maio, o dólar de abertura estava cotado a R$4,75 e, nesta sexta-feira (24), já voltou aos R$5,23.
Este movimento está pautado na deterioração das condições econômicas globais, principalmente dos países desenvolvidos. Contudo, o Brasil poderia passar sem grandes problemas. A grande questão é que, recentemente, algumas decisões para combater a alta dos preços por meio da política fiscal desagradaram o mercado.
Já se fala em problemas que devem impactar o próximo governo, a partir de 2023 e, potencialmente, deve perdurar para os próximos anos. Nesse ínterim, seguimos de olho nos dados econômicos para ir desenhando esta trajetória. Até o momento, o Banco Central do Brasil permanece com seus servidores em greve, mas a agenda econômica da próxima semana prevê alguns indicadores relevantes.
Dentre esses dados, esperamos o volume e saldo de concessões de crédito para pessoas físicas e jurídicas referente ao mês de março. Além disso, estão no radar dados das contas públicas do governo consolidado (união, estados, municípios e empresas estatais), referentes ao mês de maio deste ano.
Seguimos de olho.