De Olho no Câmbio #248: Moeda brasileira avança sobre o dólar com queda nos Treasuries.

A moeda brasileira voltou a romper a barreira psicológica dos R$5,00 depois de uma longa sequência de valorização da moeda americana. Parte da explicação para os ganhos do Real na última semana está no comportamento das taxas de juros do longo prazo dos Estados Unidos, que continuam elevadas, mas mostraram um ponto importante de resistência próximo dos 5% nos títulos de 10 anos. Outro importante elementos nesse quebra-cabeças cambial está no comportamento do Federal Reserve. Apesar do crescimento robusto da economia norte-americana no terceiro trimestre do ano, a expectativa é de que o Fed dê por encerrado o ciclo de alta de juros na próxima reunião e isso deve continuar fortalecendo as moedas não conversíveis como o Real.

Quer saber mais sobre Brasil, EUA, Zona do Euro e Reino Unido? Acompanhe a seguir os desdobramentos destes e outros acontecimentos.

Real vs Dólar
Real vs Euro
Real vs Libra Esterlina

Perspectivas

A próxima semana será marcada por decisões muito importantes nos Estados Unidos e no Brasil. Por lá, espera-se que o Federal Reserve, autoridade monetária dos Estados Unidos, mantenha a taxa básica de juros inalterada, o que pode favorecer o Real, por outro lado, o Fed não fará nova manutenção de juros sem sugerir que novos aumentos podem estar a caminho, o que deve suavizar os movimentos cambiais após a decisão de política monetária.

No Brasil, o Copom deve adotar o mesmo tom de vigilância em relação ao comportamento da inflação, no entanto, por aqui, considerando um cenário inflacionário ligeiramente melhor que nos Estados Unidos, um novo corte de 0,50% deve ser realizado, tal como espera-se que aconteça no mês de dezembro, quando o Copom deve levar a Selic a 11,75% ao ano.

Embora seja quase certo que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas na decisão do próximo dia 1º, existem muitas dúvidas em relação ao comportamento das taxas dos títulos de longo prazo. A continuidade do aumento das taxas dos títulos de 10 anos pode arrefecer os ganhos das moedas não conversíveis em relação ao dólar.

Seguimos de olho.

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