A moeda brasileira experimentou um incipiente processo de desvalorização nos primeiros dias de 2024. Parte do movimento pode ser explicado pelo aumento do clima de incerteza em relação ao conflito no Oriente Médio, que promete escalar para um confronto regional com o envolvimento de mais países. Na parte de indicadores, os dados antecedentes de emprego, como a pesquisa ADP já denunciavam que o mercado de trabalho dos Estados Unidos permaneceu aquecido no último mês de 2023, números que foram endossados pelo indicador oficial do país, o payroll, que mostrou a criação de cerca de 216 mil novos postos de trabalho em dezembro. Com a divulgação do payroll o clima de incerteza em relação ao câmbio aumentou significativamente.
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Perspectivas
Os novos desdobramentos da economia americana, em especial os resultados do Payroll, devem mudar as perspectivas em favor de uma manutenção do atual patamar de juros por períodos mais longos.
Tal mudança deve favorecer a cotação do dólar. Por outro lado, as moedas europeias, ainda que também ganhem força em virtude da necessidade de manter as políticas monetárias acopladas às do Fed, podem sofrer com a continuidade do processo de desaceleração da economia.
Para períodos mais longos, contudo, a tendência segue em torno da apreciação do real, uma vez que o ciclo de cortes nas taxas de juros dos EUA ainda deve ocorrer no primeiro semestre de 2024, enquanto a economia nacional tende a se beneficiar das reformas aprovadas nos últimos meses do ano anterior.
Seguimos de olho.