O presidente Trump assinou diversos decretos presidenciais nos seus primeiros dias de governo. Foto: Carlos Barria/Reuters
Os decretos do governo Trump marcaram um início de mandato repleto de mudanças, representando uma ruptura em relação às diretrizes da administração anterior de Joe Biden. Assim que assumiu a presidência em 20 de janeiro de 2025, Trump assinou diversas ordens executivas que abrangem áreas como imigração, energia, diversidade e saúde.
Acompanhe abaixo e entenda quais foram os principais decretos de Trump e como isso pode afetar não só os Estados Unidos como o mundo todo.
Trump assinou diversas ordens executivas para endurecer as políticas de imigração, principalmente na fronteira sul dos EUA. Ele declarou uma emergência nacional na fronteira com o México, ordenando o envio de tropas e a construção de barreiras adicionais. Também designou grupos como Tren de Aragua e MS-13 como organizações terroristas estrangeiras.
O novo presidente também declarou a suspensão do Programa de Admissão de Refugiados dos EUA até que o reassentamento seja considerado de “interesse nacional”. Ainda, decretou o fim de programas humanitários para refugiados de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.
Outra medida foi o estabelecimento da política “Permaneça no México”, encerrando um programa que liberava requerentes de asilo nos EUA enquanto seus casos eram analisados. Também há um decreto que acaba com o direito à cidadania norte-americana para nascidos de imigrantes ilegais nos EUA.
Entre as mudanças legislativas no governo Trump, ele declarou uma “emergência energética nacional”, acelerando a perfuração de combustíveis fósseis, especialmente no Alasca, e revogando proteções ambientais anteriores.
Os decretos assinados por Trump após a posse também determinaram que o governo federal reconheça apenas dois sexos, masculino e feminino, em documentos oficiais. Também decretou a suspensão de materiais que promovam “ideologia de gênero” e o financiamento a programas sobre o tema.
As redes sociais também foram alvo das ordens executivas de Trump. O presidente assinou uma ordem para suspender por 75 dias a proibição do TikTok nos EUA, permitindo tempo para a controladora da plataforma, a ByteDane, vendê-la para um comprador americano e evitar penalizações.
Donald Trump retirou os EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando falhas na gestão da pandemia de Covid-19. Além disso, afirmou que os EUA pagam mais do que a China ao organismo da ONU e isso é “injusto”.
Contudo, vale lembrar que a retirada dos EUA da OMS é um processo complexo. Isso porque é necessário que o Congresso aprove a medida e que os EUA quitem suas pendências financeiras com a organização. Vale ressaltar que atualmente o país é o maior financiador da organização, só na última década, desembolsou entre US$ 160 milhões e US$ 815 milhões.
Na lista de decretos de Trump, há a revogação de medidas de redução de custos de medicamentos adotadas pelo governo de Joe Biden.
Trump concedeu perdão total a cerca de 1.500 condenados por envolvimento na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Ele argumentou que a medida é necessária para “corrigir uma injustiça nacional”.
Dessa forma, todos que estão detidos na prisão devem ser liberados imediatamente. Segundo a agência Reuters, 211 pessoas foram libertas de instalações federais logo após a ordem presidencial.
Donald Trump determinou o retorno integral ao trabalho presencial para funcionários federais. Outra medida foi ordenar o congelamento de contratações para cargos governamentais, exceto para forças armadas, até que funcionários de sua confiança assumam seus postos.
Trump também restabeleceu a ordem executiva do Anexo F, emitida em seu primeiro mandato, que simplifica o processo de demissão de funcionários públicos considerados desleais.
Donald Trump assinou um documento que diz que o governo não pode proibir ou limitar o que as pessoas dizem, especialmente em plataformas digitais. Ele também ordena a investigação de possíveis violações a esse direito nos últimos quatro anos.
Assim, o decreto estabelece que nenhum funcionário ou agência federal pode restringir a liberdade de expressão de qualquer cidadão e que recursos públicos não podem ser usados para promover o que ele chama de censura inconstitucional.
Donald Trump decidiu alterar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”. Além disso, afirmou que pode aumentar as tarifas sobre produtos mexicanos.
Outra medida foi reverter a mudança feita por Barack Obama, restaurando o nome do Monte Denali, no Alasca, para “Mount McKinley”, em homenagem ao presidente republicano William McKinley, assassinado em 1901.
As ordens executivas de Trump também revogam decisão de Biden de tirar Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo. A retirada havia sido anunciada há poucos dias pela anterior administração Biden em um acordo para a libertação de presos políticos, informou a Casa Branca.
Os decretos do governo Trump têm início imediatamente, no entanto, alguns impactos podem demorar a ser sentidos. Por exemplo, a saída da OMS pode levar até um ano para ser concretizada, já os presos no ataque do capitólio já foram liberados.
Internamente, as opiniões a respeito das medidas seguem divididas. Segundo a agência Reuters, 58% dos norte-americanos desaprovaram o perdão aos envolvidos no protesto no Capitólio. Por outro lado, 46% dos entrevistados aprovaram os decretos sobre imigração. Outra pesquisa da agência mostra que as medidas do presidente são aprovadas por 47% dos americanos, enquanto outros 41% desaprovam o início do governo.
O governo do México prometeu retaliações por conta da renomeação do Golfo do México e de possíveis tarifas sobre produtos mexicanos. Além disso, a presidente afirmou que deve buscar dialogar com membros do governo Trump para tentar abrandar a declaração de emergência na fronteira com o México.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou a saída do Acordo de Paris e afirmou estar confiante de que estados, cidades e empresas americanas continuarão liderando os esforços ambientais.
Já o presidente cubano Miguel Diaz-Canel reagiu imediatamente chamando a decisão de colocar novamente Cuba na lista de países que financiam o terrorismo como “um ato de arrogância e desprezo pela verdade”.
Internacionalmente, Donald Trump também recebeu apoio de líderes globais. Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu celebrou as decisões de Trump, reforçando a parceria histórica entre os dois países. Já Vladimir Putin, da Rússia, elogiou a possibilidade de diálogo com o novo governo americano.
Um dia após a posse, o dólar operou em alta, refletindo parte do discurso protecionista de Donald Trump.
O Brasil manteve um posicionamento protocolar, o presidente Lula manifestou em suas redes sociais o desejo de manter parcerias nas áreas de comércio, ciência e cultura.
Os principais decretos de Trump incluem o endurecimento das políticas de imigração, saída do Acordo de Paris, revogação de políticas de diversidade, retirada dos EUA da OMS e perdão aos envolvidos no ataque ao Capitólio.
Declaração de emergência nacional na fronteira com o México;
Suspensão do Programa de Admissão de Refugiados;
Fim do direito à cidadania para filhos de imigrantes ilegais;
Reimplementação da política “Permaneça no México”.
Sim, os decretos assinados por Trump entraram em vigência imediatamente após serem publicados, mas alguns, como a retirada dos EUA da OMS, dependem de processos mais longos para serem totalmente implementados.
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