A cotação do dólar subiu nesta segunda-feira (20/1) como reação à fala de Paulo Guedes em Davos de que o câmbio desvalorizado é o novo normal do Brasil. Com a abertura dos mercados nos Estados Unidos nesta terça-feira, o Real deve sofrer nova desvalorização.
O Dólar americano fechou a segunda-feira cotado a R$ 4,1902, após ter começado o dia em R$ 4,1658. O Euro fechou o dia em R$ 4,6493, após ter iniciado o pregão em R$ 4,6219. A moeda americana abriu esta terça-feira cotada a R$ 4,0197 e o Euro abriu o dia cotado a R$ 4,6497.
Agenda de hoje
No exterior, os dados mais relevantes são os comunicados do Banco do Japão após a decisão de manter inalterada a taxa básica de juros em -0,1% ao ano. E na Europa os indicadores mais importantes são os índices de percepção econômica da Alemanha e da Zona do Euro.
Na agenda doméstica está a divulgação da segunda prévia do IGP-M.
Perspectivas para o dia
Real x Dólar
O dólar americano encontrou uma nova valorização frente ao real nesta última segunda-feira, mantendo a moeda brasileira bem próxima dos R$ 4,20. O comportamento atípico para o dia pode ser explicado, em parte, pela declaração do Ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou em Davos que taxa de juro baixa e câmbio desvalorizado é o novo normal do Brasil.
Nesta terça-feira, com movimentos dos mercados de câmbio e financeiro bastante ambíguos, e pela forma como o mercado deve continuar digerindo a fala de Guedes, espera-se nova desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar americano.
Real x Euro
os indicadores de sentimento econômico da Alemanha e da Zona do Euro vieram um pouco melhores que a expectativa do mercado. Ainda que a leitura para a Alemanha tenha ficado negativa, o número veio melhor que a penúltima divulgação. Sem indicadores relevantes para esta terça-feira, o Euro deve acompanhar o movimento do dólar frente ao Real.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.