Economia e mercado

Inflação nos EUA e na Zona do Euro impõe respostas fortes

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quinta-feira (15) com variação de +1,4%, valendo R$5,2475, após ter começado o dia cotado a R$5,1772. O Euro fechou o pregão com variação de +1,5%, a R$5,2471, após ter iniciado o dia em R$5,1674.

A moeda americana iniciou esta sexta-feira (16) cotada a R$5,2386, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,2365.

Agenda de hoje

Exterior

06h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao consumidor (ago)

11h00 – EUA – Índice preliminar de confiança da Universidade de Michigan (set)

Brasil

08h00 – IPC-S (semanal)

08h00 – IGP-10 (set)

10h00 – Sondagem Industrial (ago)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Apesar dos dados positivos vindos da China, ainda pesam sobre os mercados os temores de descontrole inflacionário, principalmente após o dado de inflação dos EUA ter vindo em direção contrária à expectativa do mercado. 

Analistas esperavam uma inflação ao consumidor de -0,1%, ao passo que o dado real foi de +0,1%. O dado redirecionou as expectativas dos analistas que agora começam a esperar uma ação ainda mais incisiva do Federal Reserve.

Para completar esse cenário, os dados de pedidos iniciais de seguro desemprego divulgados na quinta-feira reforçaram a tendência de uma economia muito aquecida. Os pedidos vieram abaixo da previsão do mercado de  226 mil. Foram solicitados 213 mil benefícios, contra 218 mil revisados da semana anterior, segundo dados do Departamento de Trabalho.

Portanto, investidores começam a esperar uma alta ainda maior dos juros dos Fed Funds e isso contribui para a depreciação da moeda brasileira. Assim, a tendência do dia é de desvalorização do Real.

Real x Euro

Na Zona do Euro, o cenário não é muito distinto. O número definitivo de inflação no bloco se mostrou ligeiramente mais elevado que a prévia divulgada dias antes.

A inflação na zona do euro atingiu mais um recorde, desta vez de 9,1% em agosto (acumulada em 12 meses), resultado de uma variação mensal de 0,6%. Na prévia divulgada algumas semanas antes, no final de agosto, o Eurostat havia informado uma variação mensal de 0,5%.

 Esse é o nível de preços mais elevado desde 1999, quando o Euro foi lançado. Vale lembrar que na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa de juros em 0,75 pontos percentuais, uma das altas mais fortes da história da autoridade monetária.

Desse modo, o cenário é similar ao dos EUA e o mercado espera ações ainda mais incisivas do BCE. Assim, a tendência do dia é de desvalorização do Real.

Seguimos de olho.

André Galhardo

Economista-chefe da Análise Econômica, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico.”

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