IPCA pode confirmar rompimento da meta de inflação

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (09) com variação de 0,2%, valendo R$6,0788, após ter começado o dia cotado a R$6,0898. O euro fechou o pregão com variação de -0,3%%, valendo R$6,4144  após ter iniciado o dia em R$6,4366.

O dólar iniciou esta terça-feira (10) cotado a R$6,0788 e o euro abriu o dia cotado a R$6,4144. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

00h10 – China – Balança Comercial (USD) (nov)

04h00 – Alemanha – IPC (nov)

10h30 – EUA – Custo Unitário da Mão de Obra (Q3)

Brasil

08h00 – FGV: IGP-M 1ª prévia (dez)

09h00 – IBGE: IPCA (nov)

10h00 – CNI: Indicadores industriais (out)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Na esfera política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma craniotomia na madrugada desta terça-feira para drenar um hematoma craniano decorrente de um acidente doméstico ocorrido em outubro. A cirurgia transcorreu sem intercorrências, mas o estado de saúde do presidente permanece sob monitoramento constante, gerando preocupação nos mercados e no cenário político.  

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o esforço do governo em esclarecer as recentes medidas de ajuste fiscal é fundamental para recuperar a credibilidade da política econômica. Haddad ressaltou que essa iniciativa pode corrigir a rota dos preços que segue altista.  

No campo econômico, o IBGE divulgará o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a novembro. O consenso de mercado projeta alta de 0,37% no mês, acumulando 4,85% em 12 meses, ligeiramente acima do teto da meta de inflação, fixado em 4,5%. Esse dado é visto como crucial para determinar a trajetória da política monetária.  

Também será publicado o relatório de indicadores industriais de outubro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O documento abordará dados sobre faturamento real, horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada, fornecendo um panorama do desempenho do setor.  

Nos Estados Unidos, será divulgado o custo unitário da mão de obra no terceiro trimestre. O mercado espera um avanço de 1,9%, o que pode sinalizar pressões inflacionárias no mercado de trabalho americano.  

No mercado cambial, o dia começou sem direção clara, com investidores aguardando os dados de inflação no Brasil e suas implicações para a política monetária e fiscal. O real segue pressionado, enquanto o dólar oscila em torno de R$6,05.

Real x Euro

A China reportou um superávit comercial de US$97,44 bilhões em novembro, impulsionado por um crescimento de 6,7% nas exportações em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Por outro lado, as importações caíram 3,9% no mesmo intervalo, refletindo uma demanda interna ainda fragilizada, apesar dos esforços do governo chinês para estimular o consumo e os investimentos.  

Na Alemanha, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,2% em novembro, acumulando elevação de 2,2% nos últimos 12 meses. O resultado reforça a estabilidade inflacionária no país, enquanto a economia europeia segue enfrentando desafios relacionados ao crescimento econômico moderado.  

Sem grandes divulgações no restante da Europa, os mercados cambiais iniciaram o dia sem direção clara. No Brasil, o mercado de câmbio está focado no resultado do IPCA, principal indicador de inflação do país, que será divulgado ao longo do dia e deverá influenciar significativamente as expectativas para a taxa de juros e a valorização do real.

Seguimos de olho!