Malabarismo fiscal no Brasil impede valorização do real

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (06) com variação de +0,3%, valendo R$4,7992, após ter começado o dia cotado a R$4,7847. O Euro fechou o pregão com variação de +0,1%, a R$5,1328, após ter iniciado o dia em R$5,1295.

A moeda americana iniciou esta terça-feira (07) cotada a R$4,7992, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,1326.

Agenda de hoje 

Exterior

03h00 – Alemanha – Encomendas à indústria (abr)

03h00 – Alemanha – Produção industrial (abr)

06h00 – Zona do Euro – Leitura final do PIB (1ºQ)

09h30 – EUA – Balança comercial (abr)

Brasil

08h00 – Índice de preços ao consumidor (semanal)

08h00 – IGP-DI (mai)

09h00 – Levantamento sistemático da produção agrícola (mai)

09h00 – Levantamento da safra de grãos (mai)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Depois de sugerir que para criar um fundo de ajuda a caminhoneiros e motoristas de aplicativos o governo poderia decretar estado de calamidade pública, membros do poder executivo agora falam em compensar os estados pela perda de arrecadação de ICMS e zerar os impostos federais sobre os combustíveis.

O problema desta nova solução para o problema dos preços dos combustíveis, é que ela pretende furar, de novo, o teto de gastos, o que não seria exatamente um problema, se o governo já não tivesse criado diversos mecanismos para fugir da chamada âncora fiscal.

Outro grande problema é que o preço do barril de petróleo tem aumentado de forma sistemática nos últimos dias e esse aumento tem potencial para praticamente anular todo e qualquer esforço fiscal para reduzir o preço direto ao consumidor.

Esse malabarismo fiscal, coincidente com a aproximação das eleições, tem impedido que a moeda brasileira avance ainda mais em relação ao dólar.

O mercado de câmbio abre o dia sem direção, à espera de novos movimentos do governo brasileiro.

Real x Euro

O banco central australiano deu mais um passo em direção à normalização da política monetária ao aumentar a taxa básica de juros de 0,35% para 0,85% na última reunião.

A inflação na Austrália alcançou 5,1% na última leitura, o nível mais alto em cerca de 20 anos.

Na Europa, uma moção de desconfiança proposta pelo próprio partido do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mostra que, a despeito da vitória de Johnson, a situação política junto aos membros do parlamento está se deteriorando rapidamente.

Do outro lado do continente, a Rússia promete atacar novos alvos ucranianos caso a ajuda de US$700 milhões em mísseis de longo alcance chegue a Kiev.

O mercado abre o dia sem direção com elementos políticos domésticos atuando em desfavor da divisa brasileira.

Seguimos de olho.