Economia e mercado

Novo surto de Covid-19 pode paralisar a China

Visão Geral

O dólar comercial fechou a última sexta-feira (23) com variação de -0,4%, valendo R$5,1669, após ter começado o dia cotado a R$5,1895. O Euro fechou o pregão com variação de -0,2%, a R$5,4868, após ter iniciado o dia em R$5,5001.

A moeda americana iniciou esta segunda-feira (26) cotada a R$5,1653, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,4842.

Agenda de hoje

Exterior

20h30 – Japão – Taxa de desemprego (nov)

20h50 – Japão – Vendas no varejo (nov)

22h30 – China – Lucro industrial (nov)

Brasil

08h00 – Sondagem do consumidor (dez)

08h25 – Boletim Focus (semanal)

15h00 – Balança comercial (semanal)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Em dia cheio de feriados e de agenda de indicadores relativamente vazia no mundo inteiro, o destaque ficou com a sondagem do consumidor brasileiro e com as informações sanitárias vindas da China.

No Brasil, o nível de confiança mostrou melhora no mês de dezembro apesar de ainda estar muito distante do ponto que indica otimismo.

Na China, apesar da escassez de informações oficiais, alguns veículos de imprensa estimam que cerca de 10% da população local tenha contraído Covid-19 desde o começo do mês. Alguns rumores apontam para cerca de 37 milhões de infectados por dia na última semana.

No Japão, o presidente da autoridade monetária local, Haruhiko Kuroda, disse que os recentes movimentos em torno da taxa de juros de longo prazo endossam que a política monetária ultra expansionista está muito longe de terminar e não o contrário.

O dia deve ser marcado por novos anúncios do governo eleito e por volatilidade no mercado de câmbio, dada a menor liquidez no cenário global.

Real x Euro

Na Europa, além dos feriados desta segunda, o enredo é basicamente o mesmo: a Rússia relatou danos materiais e humanos em uma base militar a cerca de 750 km de Moscou.

A aeronave não tripulada ucraniana foi abatida em solo russo e os seus destroços custaram a vida de três combatentes russos. Essa é a segunda incursão ucraniana em território inimigo apenas  este mês.

Tudo isso é importante para o mercado de câmbio porque, se por um lado há alguma disposição para a resolução do conflito, por outro, seguem os ataques mútuos que indicam que a crise está muito longe do fim.

Lembrando que o conflito europeu favorece novos desajustes nas cadeias produtivas, aumenta o risco inflacionário e influencia as decisões de política monetária no mundo inteiro.

A tendência do dia é de estabilidade da moeda brasileira em relação ao Euro.

Seguimos de olho.

André Galhardo

Economista-chefe da Análise Econômica, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico.”

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