A semana no Brasil foi carregada de dados econômicos e acontecimentos políticos que influenciaram o mercado financeiro local. Pra começar, as vendas no varejo brasileiro no mês de abril registraram forte queda de 16,8%, pior resultado em 20 anos.
Os serviços, por sua vez, também registraram forte queda, contudo, o tombo foi recorde. A retração foi de 11,7% em todas as 5 atividades em abril. Complementarmente, também tivemos notícias vindas do campo monetário.
O Comitê de Política Monetária (Copom), em sua 231ª reunião, decidiu reduzir a taxa básica de juros (Selic) para 2,25%. Trata-se de um novo patamar inédito na história econômica brasileira e, curiosamente, vários títulos públicos já registraram retornos nominais negativos. A expectativa é de mais um corte na próxima reunião, colocando a Selic no patamar de 1,75%.
A decisão do Copom vem uma semana após o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, nos EUA), decidir por manter seus juros entre 0,10% e 0,25%. O FOMC ainda informou que projeta juros perto de 0,10% pelo menos até o fim de 2022.
Nesse sentido, a moeda estadunidense começou a semana cotada a R$ 5,1314 na abertura do pregão de segunda-feira (15). O patamar, vale destacar, foi aproximadamente 3,42% maior em comparação com a abertura da semana anterior.
Contudo, essa tendência de apreciação começou a ser revertida. Já na abertura do pregão de sexta-feira (19), o Dólar estava cotado a R$ 5,3820.
Tal movimento na semana representa uma depreciação de aproximadamente 4,88% do Real.
Cabe destacar que, em função de expectativas otimistas com os estímulos monetários, o Real seguiu trajetória de apreciação logo na abertura.
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