Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,2969 na segunda-feira (31/out), em nível 2,56% maior que a abertura da semana anterior (24/out). A cotação da moeda registrou trajetória de queda ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (4/nov) cotado a R$5,1140 – patamar 4,26% menor que a abertura da sexta-feira anterior (28/out). Portanto, vimos uma apreciação forte do Real de aproximadamente 3,45% nesta semana.
Primeira semana pós-eleições nacionais e a moeda brasileira valorizou fortemente em relação ao dólar, especialmente após semanas de intensa volatilidade. Convém destacar que, após o primeiro turno, a moeda brasileira alcançou o patamar de R$5,20 e variou significativamente nas semanas seguintes, mantendo-se no intervalo entre R$5,15 e R$5,40.
O resultado das eleições aparentemente agradou o mercado, uma vez que a bolsa respondeu com compra forte e alta do principal índice (ibovespa), enquanto que o par real-dólar teve esse comportamento de valorização. Diversos países anunciaram retomar investimentos no Brasil, como é o caso de Alemanha e Noruega, que esperam retomar o Fundo Amazônia.
Em uma era em que a pauta ESG é tão significativa para investidores, governos e empresas, a retomada da pauta ambiental pode contribuir para uma cotação do dólar ainda mais baixa. No caso da Noruega, por exemplo, são quase US$2,52 bilhões que foram retidos desde 2019 e devem chegar ao Brasil.
Paralelo a tudo isso, a semana contou com a importante decisão da taxa de juros por parte do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). O comitê votou pelo aumento da taxa de juros dos EUA de 3,25% para 4%, sem surpresa para o mercado financeiro. O fato da decisão não ter trazido nenhum elemento novo contribuiu também para a valorização do Real.
Confira no De Olho no Câmbio #197 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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