As startups brasileiras vêm ganhando destaque no mercado nacional e internacional. Conheças as principais para ficar de olho nos próximos anos.
O setor de inovação no Brasil se destaca cada vez mais. Afinal, as startups brasileiras têm trazido soluções promissoras para o mercado. Para se ter uma ideia, em 2021, as startups levantaram quase US$ 10 bilhões.
No mesmo ano, 11 delas se tornaram unicórnios. Ou seja, alcançaram um valor de mercado acima de US$ 1 bilhão. Para 2022, há expectativa de outras chegarem ao mesmo sucesso.
Neste artigo, você vai saber quantas startups tem no Brasil, conhecer quais tiveram sucesso em 2021 e outras 10 para ficar de olho nos próximos anos. Então, continue a leitura para conferir!
Quantas startups tem no Brasil em 2022?
Em 2022, o Brasil tem 11.562 startups ativas no país, segundo um levantamento da Cortex. A pesquisa ainda mostrou que, desse total, 28% são do segmento de Tecnologia da Informação, 22% da área de serviços e 16% do varejo. Além desses segmentos, 11% são da área industrial e 6% da financeira.
A maior concentração de startups no Brasil está no estado de São Paulo, com quase 50% delas. Em segundo, aparece Minas Gerais com 8% e, em terceiro, Rio de Janeiro com os mesmos 8%.
Do total, a região sul do Brasil tem 22%, sendo 2.585 startups. A maior concentração está no estado do Paraná, seguido do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Na região, o segmento que mais se destaca é o de Tecnologia da Informação.
O nordeste do Brasil tem pouco mais de 5% das startups do país, ou seja, menos de 700. Na região, o estado que mais se destaca é Pernambuco, com 179. A área de Tecnologia da Informação também é a mais forte no estado, com 38,5% das startups sendo desse segmento.
Quais são as startups de sucesso?
Em 2021, 11 startups brasileiras tiveram o valor de mercado acima de US$ 1 bilhão e se tornaram unicórnios. As startups de sucesso foram:
- MadeiraMadeira;
- Hotmart;
- Mercado Bitcoin;
- Unico;
- Nuvemshop;
- Frete.com;
- Cloudwalk;
- Daki;
- Merama;
- Olist;
- Facily.
No ano de 2021, foram investidos mais de US$ 9 bilhões em startups. O levantamento é da consultoria Sling Hug. Esse número representa 16,2 vezes mais em relação a 2016. Na época, o investimento foi de US$ 569 milhões.
MadeiraMadeira
A startup curitibana foca na venda de móveis e artigos na internet. Ela recebeu um aporte de US$ 190 milhões liderado por SoftBank e Dynamo em janeiro de 2021. Após esse investimento, ela virou unicórnio.
Hotmart
A Hotmart é uma startup de plataforma de educação a distância. Por meio dela, é possível vender ebooks, videoaulas e outros conteúdos. Em março de 2021, a Hotmart recebeu um aporte de R$ 735 milhões liderado pela TCV e com participação da Alkeon Capital.
Mercado Bitcoin
A japonesa SoftBank fez um aporte de US$ 200 milhões ao Grupo 2TM, dono da Mercado Bitcoin. Com esse valor, a startup passou a valer US$ 2,1 bilhões. Assim, se tornou a primeira da América Latina focada em câmbio de criptomoedas a se tornar unicórnio.
Unico
A Unico recebeu um aporte de R$ 625 milhões em uma rodada liderada pelos fundos de investimento da General Atlantic e do SoftBank. A startup oferece soluções para empresas de reconhecimento facial e admissão digital.
Nuvemshop
A Nuvemshop recebeu um investimento de US$ 500 milhões dos fundos Insight Partners e Tiger Global Management. A startup paulista é uma plataforma de e-commerce que oferece inúmeras vantagens às empresas, como código de barras para produtos, QR code, rastreio de encomendas, entre outras.
Frete.com
A Frete.com surgiu a partir da junção da FreteBras, da CargoX e da FretePago e foi lançada em novembro de 2021 com o status de unicórnio. Sua criação se deu pelo investimento do SoftBank e da Tencent de US$ 200 milhões.
Cloudwalk
A Cloudwalk é uma fintech de São Paulo que passou a valer US$ 2,15 bilhões após receber um aporte de US$ 150 milhões do Coatue. A startup cria tecnologias de pagamento com recursos de computação em nuvem, inteligência artificial e blockchain.
Daki
A Daki recebeu um aporte de US$ 260 milhões com menos de um ano de existência. Trata-se de uma startup de delivery que promete fazer entregas em até 15 minutos. Após o investimento, ela passou a valer US$ 1,2 bilhão.
Merama
A Merama é uma startup de comércio eletrônico que alcançou um valor de mercado de US$ 1,2 bilhão. Ela recebeu US$ 60 milhões em rodada adicional de investimento, liderada pela Advent e pelo SoftBank.
Olist
Em rodada liderada pela Wellington Management, a Olist conseguiu US$ 186 milhões. A startup paranaense oferece soluções para que lojistas de diferentes tamanhos vendam em marketplaces.
Facily
A Facily é uma startup que permite aos usuários fazerem compras em grupo para produtos de mercado. Ela recebeu US$ 135 milhões como uma extensão da rodada do tipo série D, coliderada pelos fundos Goodwater e Prosus.
10 startups brasileiras para ficar de olho
Uma lista elaborada por Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Época Negócios, EloGroup e Innovoc cita 100 startups para ficar de olho no mercado brasileiro. O objetivo é buscar negócios mais atraentes e mostrar propostas de inovação no Brasil.
A seguir, separamos as principais startups brasileiras para ficar de olho em 2022. Confira!
1. Agrotools
A Agrotools é uma startup voltada para atender a todos os envolvidos no agronegócio. Ou seja, corporações com algum tipo de elo com produtores rurais. Por exemplo, indústrias, bancos, resseguradoras, redes de varejo, tradings, entre outras organizações.
Atualmente, a startup paulista tem mais de 100 clientes e faz mais de 200 mil análises por dia, cobrindo mais de 200 milhões de hectares. As ferramentas da Agrotools permitem que grandes empresas entendam tudo o que acontece com clientes e fornecedores no território rural.
Antes do surgimento da Agrotools, a área rural era impossível de ser monitorada de forma ágil.
2. ConstruCode
A ConstruCode é uma plataforma de gestão e armazenamento de documentos, que conecta projetistas e times de campo. O objetivo da startup é melhorar os processos de comunicação entre as partes envolvidas em uma obra.
Para isso, ela automatiza todo o trabalho repetitivo e identifica, antecipadamente, possíveis conflitos de informação durante a construção. Na plataforma, há um painel de gestão que permite fazer o mapeamento de padrões e a identificação de possíveis falhas.
Além disso, as pessoas envolvidas na obra podem marcar comentários em pontos específicos da planta em caso de dúvidas ou dificuldades. Ela também faz o registro diário de atividades e do andamento da obra.
3. Descomplica
A Descomplica é uma das maiores plataformas de ensino online do Brasil. Ela oferece cursinhos pré-vestibular, preparatório para o Encceja, faculdade, pós-graduação, cursos livres, entre outros.
Todos os cursos oferecidos pela startup são feitos online. A Descomplica oferece planos de cursos de graduação, pós e os livres. Além disso, há estudos preparatórios para o Enem e outros vestibulares.
Mais de 1,5 milhão de alunos já fizeram o cursinho online de preparação para o Enem na Descomplica. Vale destacar também que a plataforma de ensino é autorizada pelo Ministério da Educação (MEC).
4. Cora
Cora é uma fintech criada em 2020, com serviços voltados para empresas e já conta com mais de 500 mil clientes. Atualmente, ela oferece conta digital gratuita, cartão empresarial e gestão de cobrança e boletos.
A única taxa que a fintech cobra é relativa ao saque no Banco 24 horas, no valor de R$ 6,50. Os demais serviços oferecidos pela empresa são gratuitos. Outro ponto a destacar é que o cartão de crédito só é liberado a:
- microempresa;
- Empresa de Pequeno Porte (EPP);
- Ltda;
- Sociedade Anônima (S/A).
Por enquanto, esse serviço ainda não foi liberado para microempreendedores individuais.
5. Aterra
A Aterra é uma startup que desenvolve soluções estratégicas de gestão, conexão e destinação dos resíduos para empresas. Atualmente, trabalha com segmentos alimentício, metalúrgico, automobilístico e varejo.
A startup desenvolveu uma plataforma que conecta toda a cadeia de valor do resíduo. Por meio dela são feitas negociações, gestão das operações e rastreabilidade da destinação final. Assim, favorece a governança, a geração de benefícios econômicos e a promoção da economia circular. Atualmente, são negociadas mais de mil toneladas de resíduos por mês.
6. Gedanken
Gedanken é uma startup que desenvolveu uma plataforma SRM (Supplier Relationship Management) para gestão de fornecedores, chamada G-Certifica. Ela promete acesso a informações mais precisas para tomada de decisão, com padronização, indicadores e alertas de risco.
A plataforma revoluciona a maneira como grandes empresas cadastram, homologam, avaliam e fazem a gestão do risco dos seus fornecedores. Atualmente, ela conta com mais de 200 mil empresas avaliadas na plataforma.
Além disso, passa das 400 bases de dados checadas automaticamente, tem mais de 60 clientes enterprise e 10 mil usuários.
7. Freto
O Freto é uma startup da área logística em que caminhoneiros e transportadoras se encontram para serviços de transporte de cargas. Ela surgiu em 2018 e já tem mais de 125 mil caminhoneiros cadastrados e 300 mil veículos.
Por meio da plataforma, o embarcador faz o cadastro da carga e aguarda um caminhoneiro se candidatar para o transporte. Assim que dá o match entre a carga e o caminhoneiro, o carregamento é agendado. Por fim, o transportador recebe o frete por meio de um pagamento homologado.
8. Bornlogic
A startup Bornlogic objetiva descentralizar as campanhas de marketing, usando os vendedores das próprias lojas para criar campanhas para os grandes varejistas. Para isso, oferece uma plataforma que entrega um sistema de distribuição de verba entre lojas e vendedores, bem como um sistema de governança.
A startup também entrega um aplicativo em que o vendedor consegue ter ideias para seus vídeos, com dicas vindas da própria matriz da empresa ou da indústria. Há ainda sugestões geradas pelo próprio sistema de machine learning da Bornlogic.
9. Avulta
A Avulta é uma startup que liga pessoas com deficiência a empresas em busca desses profissionais. Nesse sentido, ela desenvolveu a ANA (Avaliação Neuropsicológica).
Trata-se de uma plataforma gamificada em que o candidato faz o cadastro e responde aos “jogos”. A partir das respostas, a Avulta encontra a vaga ideal para essa pessoa. Baseada em neurociência, a ferramenta mapeia a funcionalidade de 10 habilidades cognitivas utilizadas em nosso dia a dia de estudo e trabalho.
Os resultados apresentam as habilidades cognitivas mais desenvolvidas, por qual via sensorial são expressas (visão ou audição), e em que funções podem ser aproveitadas. Com isso, cada usuário é direcionado às vagas que mais se encaixam ao seu perfil.
10. Beep Saúde
A Beep Saúde é para quem não quer sair de casa para fazer exame laboratorial ou se vacinar. A startup desenvolveu um aplicativo pelo qual as pessoas fazem o agendamento do atendimento, que pode ser tanto particular quanto pelo plano de saúde. No dia do procedimento, uma equipe vai até o cliente sem cobrar taxa domiciliar.
Atualmente, a startup tem parceria com planos de saúde dos seguintes estados:
- Rio de Janeiro;
- São Paulo;
- Brasília;
- Curitiba;
- Vitória;
- Recife.
Como vimos, as startups brasileiras têm conquistado grandes investimentos no país. Além disso, em pouco tempo, muitas delas se transformam em unicórnios. Ou seja, alcançam um valor de mercado maior que US$ 1 bilhão.
Esse cenário mostra que o setor de inovação está em alta no Brasil e ganhando destaque em todo o mundo. Muitas empresas de sucesso do mercado começaram como startup. Por exemplo, Nubank, 99Taxi, PagSeguro, GymPass, Stone, Quinto Andar, Ebanx etc.
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Resumindo
As startups brasileiras para ficar de olho nos próximos anos são:
– Agrotools;
– ConstruCode;
– Descomplica;
– Cora;
– Aterra;
– Gedanken;
– Freto;
– Bornologic;
– Avulga;
– Beep Saúde.
As startups brasileiras de sucesso são:
– MadeiraMadeira;
– Hotmart;
– Mercado Bitcoin;
– Unico;
– Nuvemshop;
– Frete.com;
– Cloudwalk;
– Daki;
– Merama;
– Olist;
– Facily.
Em 2022, o Brasil tem 11.562 startups ativas no país, segundo um levantamento da Cortex. A pesquisa ainda mostrou que, desse total, 28% são do segmento de Tecnologia da Informação, 22% da área de serviços e 16% do varejo. Além desses segmentos, 11% são da área industrial e 6% da financeira.